sábado, 28 de março de 2009

E haja capim!

No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! Responde o aluno.

- Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que se comprazem em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala - ordena o professor a seu auxiliar.

- E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.

O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o "Barão de Itararé".

Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
- O senhor me perguntou quantos rins "nós temos". "Nós" temos quatro: dois meus e dois teus. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento!

Ás vezes as pessoas, por terem mais um pouco de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...

Um dos preferidos

"Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente
quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços.

Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos...

VIVA HOJE!
ARRISQUE HOJE!
FAÇA HOJE!

Não deixe morrer lentamente!

Não esqueça de ser feliz!"

Pablo Neruda

Sessão: Escrevi e não mandei [2]

Escrever-te versos é fácil e fluente;
Difícil é olhar-te e desviar meu olhar.

É isso. Acalma, meu amor!

Deixa ser...
Olha! As dores costumam avisar antes de chegar

(...)

E mesmo que nessa circunstância
O amor se abrirá diante da ignorância
em forma de flor.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sessão: Escrevi e não mandei

Oi, minha Prima-tia-irmã-segundamãe Lélia!

Como a maioria das pessoas já devem ter dito: Hoje é o grande dia, né? Estou aqui te escrevendo e imaginando como você deve estar se sentindo. Muito nervosa ou calma demais? E o tio mário? rs, aquele babão.

Ouvi dizer que a felicidade quando compartilhada, é multiplicada. E quando os momentos não são muito bons e você tem com quem contar, esse peso, se compartilhado, pode ser dividido. Eu gostei de saber disso. Aposto que você também. Imagina... Tio Mário deve estar deslumbrado podendo compartilhar esse momento com as três pessoas que ele mais se importa no mundo. E você com a gente, claro.

Engraçado é que nessas horas não existem meio termo. Não é nada morno, é único. Bom, sei lá. Nunca passei por isso, mas sempre quando posso, e quando nos damos um tempo de paz lá em casa, olho pros meus pais com uma vontade de agradecer por todos os momentos em que passamos juntos, por todas as minuciosas e detalhadas coisas que fizeram por mim, por (nem todos) puxões de orelha, enfim... Por terem me feito com tanto amor e me criarem nesse ninho recheado de afeto e mimos.

Bom, eu espero que o Lucas te admire tanto quanto eu. Ou mais, se possível.
(caso tenha como... o que eu duvido, ta? hehe)

Ah, posso te contar um segredo? Lê baixinho: Ele já é o meu melhor amigo.
(mostra isso pra ele quando o raparigo começar a ler).

Amo você, tia Lélia.
PS: Você fica melhor com um sorriso no rosto.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Esperança

"Tendência do espírito para considerar como provável a realização do que se deseja."

Primeira vez que escrevo o título antes da postagem, mas essa é a palavra que lateja "in" mim hoje.

O que me anima hoje é saber que não tem como ficar pior (uow! - que pessoa otimista, você diz) e que o ano já acaba e com ele o desânimo... assim espero. Que venha 2009! E que, pelo menos, 6 meses dele passe como uma estrela cadente. E que eu a veja e consiga fazer meu pedido. (hihi, custa nada viajar um pouquinho e... ter esperança?!)

Quero mudanças, que rimem com esperança! Como amor, que rima com humor. E não só na fonética das palavras. Quero um novo começo, meio e fim. Não! Do amor estou satisfeita. Mas, quero que minha família e amigos se orgulhem de mim. E um pouco mais que isso... que ainda não parei para pensar no que. rs. Mas sem duvidas eu quero, caso seja bom, apenas. Obviamente! Eu quero sempre mais! Como uma boa e de fato escorpionina.

Muitas expectativas pra 2009. É isso. Vai ser meu primeiro reveillón pulando as 7 ondinhas. Nossa, já ia me esquecendo... antes disso tem natal... hunf. Que papai noel dê um pulinho aqui em casa, mesmo que pela janela já que não tenho chaminé.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Três Pontos Finais

Quero por a culpa em alguém
(que não sei quem);
Porquê a culpa é toda... (toda minha)
Exclusiva
Parabéns para a pessoa idiota que me tornei!
_Pronto, agora voltei a não saber mais me expressar.

Ultimamente tenho me questionado bastante sobre sentimentos que, com o tempo, têem ficado cada vez mais proporcional ao meu tamanho. Será que é por culpa da estabilidade que a minha vida vem tomando? Sinto-me culpada pelas vezes que não consegui quebrar algumas regras - inofencivas - para conseguir arrancar sorrisos seus.

Parece que estão me imprensando... mas, ao mesmo tempo, aparentemente não há nem vestígios de mudanças em meus pensamentos. Porque eu não quero, entende? Apesar de que mudanças feitas em minha atitude estão à venda, ou até doada. Dispenso-a.

Pensamentos chegam a ser ridiculamente fáceis de serem controlados quando comparado a sentimentos. Mas se pararmos para analisar, somos nós que instigamos o sentimento com olhares para fora do mundo, ou, como você diz:
"Só nutrimos o sentimento quando entramos em alfa" (rs)
e me cativa com aquele olhar doce e inocente.

Pois bem, mando ou não mando em MEU coração? Eu respondo!
Claro que sim. O coração é meu, ora!
_Grande ilusão é pouco. Ainda existem resíduos de lembranças amargas em minha boca e memória.

Desculpe-me, prometo não ser mais indelicada.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sem tirar nem pôr

Não me sinto uma mulher como as outras, mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de barbie, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo.

Quem me vê caminhando na rua de salto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como homem, mas sinto como mulher.

Não me considero vítima de nada, sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha, peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia.

Hospedo em mim uma natureza contestadora e aonde quer que eu vá ela está comigo, só que sou bem-educada e não compro briga à toa.

O coração sempre foi gelatinoso.
faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei aonde vão parar minhas idéias viris. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.

Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Costumo ser enigmática.

Se eu lhe disser que estou com medo de ser feliz para sempre, o que você diria? Se ser feliz para sempre é aceitar com resignação o pão nosso de cada dia e sentir-se imune a todas as tentações, então é desse paraíso que quero fugir.

Tenho medo de não conseguir manter minhas idéias, meus pontos de vista, minhas escolhas (...) eu tenho medo é da lucidez. Tenho medo dessa busca desenfreada pela verdade, pelas respostas. Eu me esgoto tentando morder meu próprio rabo (...) ok, eu sei que jamais vou derramar um copo de cerveja na cabeça de um homem, nem vou sair nua pelos parques protestando contra o uso de casacos de pele. Eu nunca vou fazer uma extravagância, e é isso que me assusta, por que uma piração de vez em quando pode ser muito bem vinda. Eu não tenho medo de perder o senso. Eu tenho medo é desta eterna vigilância interior, tenho medo do que me impede de falhar.

Não gosto que me peçam para ser boa, não me peçam nada, mesmo aquilo que eu posso dar. As relações de dependência me assustam. Não precisem de mim com hora marcada e por motivo concreto, precisem de mim a todo instante, a qualquer hora, sei ouvir o chamado silencioso da amizade verdadeira, do amor que não cobra, estarei lá sem que me vejam, sem que me percebam, sem que me avaliem.

Desde criança, o meu desejo maior não era visitar a Disney, ou morar num sítio. Eu queria era crescer. Isso sim é que deveria ser divertido, eu pensava.

E não me enganei.

Nada é mais encantador que a independência. Vivo em busca constante, tento investigar tudo que me soa estranho, sigo atenta a cada emoção, não me acomodo nem me acostumo com coisa alguma.

Se algo der errado é só chamar um adulto.

Martha Medeiros
_adaptado por mim.