terça-feira, 18 de novembro de 2008

Três Pontos Finais

Quero por a culpa em alguém
(que não sei quem);
Porquê a culpa é toda... (toda minha)
Exclusiva
Parabéns para a pessoa idiota que me tornei!
_Pronto, agora voltei a não saber mais me expressar.

Ultimamente tenho me questionado bastante sobre sentimentos que, com o tempo, têem ficado cada vez mais proporcional ao meu tamanho. Será que é por culpa da estabilidade que a minha vida vem tomando? Sinto-me culpada pelas vezes que não consegui quebrar algumas regras - inofencivas - para conseguir arrancar sorrisos seus.

Parece que estão me imprensando... mas, ao mesmo tempo, aparentemente não há nem vestígios de mudanças em meus pensamentos. Porque eu não quero, entende? Apesar de que mudanças feitas em minha atitude estão à venda, ou até doada. Dispenso-a.

Pensamentos chegam a ser ridiculamente fáceis de serem controlados quando comparado a sentimentos. Mas se pararmos para analisar, somos nós que instigamos o sentimento com olhares para fora do mundo, ou, como você diz:
"Só nutrimos o sentimento quando entramos em alfa" (rs)
e me cativa com aquele olhar doce e inocente.

Pois bem, mando ou não mando em MEU coração? Eu respondo!
Claro que sim. O coração é meu, ora!
_Grande ilusão é pouco. Ainda existem resíduos de lembranças amargas em minha boca e memória.

Desculpe-me, prometo não ser mais indelicada.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sem tirar nem pôr

Não me sinto uma mulher como as outras, mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de barbie, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo.

Quem me vê caminhando na rua de salto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como homem, mas sinto como mulher.

Não me considero vítima de nada, sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha, peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia.

Hospedo em mim uma natureza contestadora e aonde quer que eu vá ela está comigo, só que sou bem-educada e não compro briga à toa.

O coração sempre foi gelatinoso.
faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei aonde vão parar minhas idéias viris. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.

Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Costumo ser enigmática.

Se eu lhe disser que estou com medo de ser feliz para sempre, o que você diria? Se ser feliz para sempre é aceitar com resignação o pão nosso de cada dia e sentir-se imune a todas as tentações, então é desse paraíso que quero fugir.

Tenho medo de não conseguir manter minhas idéias, meus pontos de vista, minhas escolhas (...) eu tenho medo é da lucidez. Tenho medo dessa busca desenfreada pela verdade, pelas respostas. Eu me esgoto tentando morder meu próprio rabo (...) ok, eu sei que jamais vou derramar um copo de cerveja na cabeça de um homem, nem vou sair nua pelos parques protestando contra o uso de casacos de pele. Eu nunca vou fazer uma extravagância, e é isso que me assusta, por que uma piração de vez em quando pode ser muito bem vinda. Eu não tenho medo de perder o senso. Eu tenho medo é desta eterna vigilância interior, tenho medo do que me impede de falhar.

Não gosto que me peçam para ser boa, não me peçam nada, mesmo aquilo que eu posso dar. As relações de dependência me assustam. Não precisem de mim com hora marcada e por motivo concreto, precisem de mim a todo instante, a qualquer hora, sei ouvir o chamado silencioso da amizade verdadeira, do amor que não cobra, estarei lá sem que me vejam, sem que me percebam, sem que me avaliem.

Desde criança, o meu desejo maior não era visitar a Disney, ou morar num sítio. Eu queria era crescer. Isso sim é que deveria ser divertido, eu pensava.

E não me enganei.

Nada é mais encantador que a independência. Vivo em busca constante, tento investigar tudo que me soa estranho, sigo atenta a cada emoção, não me acomodo nem me acostumo com coisa alguma.

Se algo der errado é só chamar um adulto.

Martha Medeiros
_adaptado por mim.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"Dark Room Sex Game"

Para a surpresa de todos, os americanos não lançaram mais um jogo de violência e cheios de gráficos em 3D e sim um jogo... erótico. (pois é!)

Infelizmente não roda no seu Atari de 1960. Foi criado recentemente e lançado pro Wiimote (joystick do Nintendo Wii). É bem simples, vence primeiro quem chegar ao orgasmo eletrônico, rs. (não tem mais o que inventarem. definitivamente não)

Quem criou o jogo garante que não incluíram imagem propositalmente para estimular a imaginação de quem joga. O objetivo é fazer o aumento da velocidade em um ritmo mútuo para assim chegarem gradualmente até o clímax.

Informação demais para a minha pessoa.
Acho que estou ficando velha...

OBS.: Para os curiosos e desconfiados de que seja balela, ta aí o link do vídeo de pessoas jogando:

[http://www.youtube.com/watch?v=zFd5DFxKfG8&eurl=]

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Papéis Riscados

Vou logo avisando, leia só caso não tenha nada pra fazer.
Ó! Depois não diga que não avisei.

Tempo. Tudo que é relativo me deixa intrigada.
Existe algo mais complexo? Não, não mesmo. Sigam minha linha de raciocínio.
Um ano se divide em 365 dias e cada dia desse ano 24h, cada hora, 60 minutos. Certo?
Aparentemente sim. Isto é, cientificamente sim. É nisso que deveríamos acreditar.

Cá pra nós, eu não ponho muita fé nessa ordem em que as situações acontecem num determinado tempo e são pré-determinadas. Tá entendendo? Não, né?! Eu explico. Vamos lá!

Eu só quero dizer que alguns dias passam mais rápidos que outros. Coincidentemente os dias que passam mais rápidos, incrivelmente são os que você tem mais lembranças. Como pode, né? Deveria ser ao contrário. Mas é que normalmente os segundos eternos que se rastejam como se fosse uma maratona em slow-motion, não são tão importantes quanto os dias que se igualam a velocidade da luz.

Gente, acorda! Essa bobeira de tempo é mais emocional que científica. Você nunca tem tempo suficiente para satisfazer as suas vontades. Isso é um fato. Mas o que mais me deixa impressionada é que ele pode nos ajudar ou atrapalhar, ser bom ou ruim. E isso faz dele ser tão interessante. E por mais que eu enrole você cada vez mais e não consiga dizer muito sobre o meu tema... o tempo passa.

O meu pedido ao tempo é:
Seja misericordioso, compreensivo e condescendente. Tá, tempinho?! :)

domingo, 9 de novembro de 2008

O mundo é pequeno para os desprovidos de imaginação

Então, para que isso aqui não vire um "blá, blá, blá" começarei a ler mais para assim acrescentar em mim um pouco de imaginação, interpretação e desevoltura na escrita.

E... eu bem acho que você deveria fazer o mesmo. E criar um blogspot, claro. :)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sfrenfows

O seu santo nome

Não facilite com a palavra amor.

Não a jogue no espaço, bolha de sabão.

Não se inebrie com o seu engalanado som.

Não a empregue sem razão acima de toda razão (e é raro).

Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.

Não a pronuncie.

Carlos Drummond de Andrade


Algumas pessoas imaginam que o que lhes acrescenta algo é a diversidade e quantidade e não a intensidade e profundidade. Relacionar-se não é fácil. Não existe alguém que seja absolutamente perfeito. Sempre existirão diferenças, particularidades a serem compreendidas, aceitas e superadas.

Ouvi de uma amiga esta semana que relacionar-se é escolher alguém que irá testemunhar sua vida enquanto ela passa. É o prazer de compartilhar, de rirem juntos de situações vividas, de inúmeros "você lembra?", de repartir a memória de tudo o que vocês viveram. Deveria existir uma outra expressão para este "amor de meia-hora", para que não sejamos mais iludidos pelo "eu te amo" e toda simbologia que ele carrega.

Ao ouvir, por exemplo, "Eu te sfrenfows!" a gente saberia que é um sentimento imenso, profundo, verdadeiro, mas que não vai durar.

Se o sfrenfows virar amor de verdade, valeu. Se não virar, ainda assim foi bom, intenso e prazeroso. O "adeus" de um sfrenfows não deixaria as marcas profundas que ficam quando a gente é abandonada no meio do caminho, repleta de amor verdadeiro, tendo acreditado que ele era amplamente correspondido... O sfrenfows é como uma nuvem de verão: (nem tão) leve e (vagarosamente) passageiro. Já o amor verdadeiro, aquele do "Eu te amo", é denso, profundo, inteiro. Só ele permite que você se sinta plena com alguém, que todos os mais nobres sentimentos sejam experimentados e sentidos ao mesmo tempo. Ele dá acesso a níveis secretos da vida, que só quem já amou sabe o que é.

Como diz Drummond, não facilite com a palavra amor. Se não tiver certeza, invente uma palavra, uma expressão, um código, mas não facilite com a palavra amor. Tome cuidado com o que ela pode desencadear na pessoa que a ouve. Sfrenfows muito, mas não deixe de amar verdadeiramente. Não tenha medo do amor. Não mata.